terça-feira, 11 de setembro de 2018

QUE PENA QUE NÃO TEMOS UM SUPERMAN...

Ô glória seria se tivéssemos um Superman. Todos dormiríamos absolutamente tranquilos: sem pensar na Guerra da Faixa de Gaza, no Iraque, no Afeganistão e, principalmente, nas guerras subliminares. Nossa cabeça poderia ficar livre de facada, de cadeia, de prisioneiro, de eleição. O Superman iria resolver era tudo no mundo. Particularmente, amei o último filme dele que deu origem a uma canção chamada: "Can you read my mind".

Os americanos podem ter todos os defeitos do mundo, mas eu sou da geração do Burt Bacharach, que fez e cantou uma linda música chamada: "What the world needs now is love" e outras tantas realçando o amor. Por sorte peguei no meu laptop o show que ele deu na Casa Branca na época do Obama. Me emocionei demais, não via foto dele há anos e ele já está indo, cabecinha branca como tantos outros da minha geração. Acho que estou mesmo é ficando velha, melancólica e saudosista. Dizem que o consolo dos idosos é a sabedoria e a experiência. Depois que você já fez todas as mancadas do mundo vem dar esse consolo. Aliás, o meu querido psiquiatra, Dr. Henri Kaufmanner, diz que tudo é fruto de escolha. Eu brigo com ele há 25 anos para provar que não é. O que a gente sabe da vida quando se é jovem. Ainda mais quando se lê revistas de amor, tipo Capricho, eu lia Capricho, e no final acabava sempre num amor eterno.

A TV veio com as belíssimas novelas, assistia tudo até um dia que eu ouvi um senhor ator falar: "não vou declinar o nome por uma generosidade" (Ele disse: "novela é o teatro dos pobres"). Cortei as novelas para assistir jornais de TV, foi pior. Às vezes eu gosto mesmo é da noite, quando todos dormem e eu viajo nas estrelas, nas constelações e nos planetas, querendo muito que apareça o Superman.

Maria Helena Junqueira
Setembro/2018


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