quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

O Filho do Marceneiro 

Tive a sorte de ver a entrevista do ministro Teori Zavascki na internet feita alguns anos atrás me parece salvo engano na Fundação Getúlio Vargas. Não é porque ele morreu que ele virou santo mas por tudo o que eu ouvi nesta entrevista. O pai dele era marceneiro depois teve armazém com o necessário para viver com dignidade. 
Teori começou a trabalhar com 14 anos como office boy em um escritório de advocacia depois   do expediente ele se deliciava em ler  Pontes de Miranda e outros grandes juristas. Se formou em Direito ele e a esposa  e juntos abriram um escritório de advocacia. Amava Direito processual civil, o código civil, tudo menos o criminal. Ele passou no concurso em um Banco, a mulher em outro concurso. Tiveram dois filhos, uma vida comedida tranquila. E eu aqui faço uma ressalva ele era um JURISTA e não mais um advogado, deu aulas e no final foi para Brasília e resumindo foi para o supremo. 
Quem viu essa reportagem pode como eu ter notado a simplicidade, e a tranquilidade dele.
Penso hoje , hoje não, há mais tempo  que homem desse quilate está acabando.
Com certeza os Juristas estão de luto, não os advogados.
Carlos Heitor Cony  que é um jornalista de primeira linha falou na  entrevista da CBN no dia seguinte do que aconteceu com o ministro, o filho de Teori também falou no fantástico  que ele estava recebendo muitas ameaças. Disse ainda que gente interessada na morte de Teori era grande. Infelizmente sou uma formiguinha do Direito, e nada posso fazer. Simplesmente fiquei numa tristeza que não tinha tamanho. 
É gente foi uma queima de arquivo ? Vamos ver só o tempo dirá. 

                                                              Maria Helena Junqueira Reis 
                                                                    25 de Janeiro de 2017
     

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