quarta-feira, 13 de novembro de 2019

A MÁQUINA DE FAZER DOIDOS

A MÁQUINA DE FAZER DOIDOS
 
Não entendo a razão de todo mundo do planeta correr depois do serviço para enfiar a cara na frente da TV. Daí vem aquela chuva de troço horroroso tipo novela, shows, etc. Hoje as televisões são pro mundo inteiro, o que significa o abandono das conversas entre amigos, a boa leitura, a boa música. Às vezes a TV tem voz própria, personalidade, ela acaba com qualquer papo e ainda por cima ela segue você - vai para um consultório dentário, TV, você vai para um barzinho, TV - Ô troço de doido. E tem gente, que passa a noite vendo TV. É uma doença?
Gosto mais da internet, apesar de todos os males, posso ouvir minhas músicas, pular todos os anúncios, e tudo bem.
 
Maria Helena Junqueira Reis - Novembro de 2019


segunda-feira, 11 de novembro de 2019

A QUEDA DO MURO DE BERLIM 

   Foi comemorado nesse final de semana a queda do muro de Berlim. Assisti a todas reportagens televisivas sobre o assunto. Fiquei estuperfata com as declarações do cientista político da UERJ: Diz ele que o muro caiu mas que agora eles estão lidando com muros invisíveis. A mim me parece que deve ser mais difícil lidar com muros invisíveis, porque exercem poder sob o mundo inteiro. Não conheço a Alemanha mas quem conhece, dizem é uma economia muito boa, superávit, essas coisas. 

   O que me causa estranheza é o fato da humanidade não aprender nada com a historia, vide por exemplo o presidente americano construindo um muro com o México. Em nenhum lugar do mundo esse tipo de coisa dá certo. Mas Donald Trump insiste em dizer que quer construir um muro e está construindo. 

   Não sou eu que vou julga-lo, é a história que vai julgar. Não entendo até hoje o final da Guerra Fria em um planeta absurdamente, altamente, dividido de um lado americanos do outro lado Russos, Coreanos, Chineses, o que vai dar nesse angú sem caroço eu não quero nem olhar. 


Maria Helena Junqueira Reis
Novembro de 2019. 





segunda-feira, 29 de julho de 2019

SAUDADES


Saudades do tempo que passou, mesmo que ele tenha sido tão triste.
         Minha vida nunca foi fácil, mas tenho saudades... Porquê isto? Não sei... Talvez porque um dia eu tenha amado estrelas, o sol, o firmamento e porquê não dizer os pássaros e as borboletas...
         Hoje nada me faz sentir algo assim. Parece apenas que tenho um sentimento de morbidade e uma profunda tristeza, mas sei que tenho um sentimento dentro do meu coração que pulsa e muito AMOR, e que de repente tudo pode mudar.
Julho, de 2019
Maria Helena Junqueira Reis




quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Românticos em épocas de robótica

                                    ROMÂNTICOS EM ÉPOCAS DE ROBÓTICA

       Que faz um romântico em tempos de hoje? Qual é a sua função? Absolutamente nada! Afinal poesia não gera dividendos, não sobe superávit da balança comercial, não tem nome de holding muito menos se sujeita a subornos. O que vocês acham, meus prováveis leitores? Será que um dia um robô será capaz de escrever algo que vem da dor, da alma, do amor, ou da alegria
      O dia em que isso acontecer, prezado, aí sim, os românticos vão ter que buscar outra galáxia se Deus colaborar com a gente e com a sua complacência. 



                                                                     Maria Helena Junqueira Reis 
                                                                                      Fevereiro de 2019


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

POEMINHA

Hoje eu tenho um baú grande de estrelas para te oferecer.
Do outro lado, levo também um punhado de rosas de todos os matizes.
Sabe por que? O sangue voltou a jorrar nas minhas veias e também, meu amor, a lua está linda... só falta ter bochechas de tão redonda.
Nem tudo no mundo me leva a morte. As vezes penso que a vida é como um grande oceano, a gente cai lá no fundo, mas de repente vem à tona por um titico de nada.
Não há na vida, explicações para mergulhar tão fundo e depois voltar.
A única coisa que acontece para viver é saber que até as ostras sofrem para ficar tão lindas, porque com a gente seria diferente?

Ps: Não quero escrever nada sobre política ou sobre catástrofes. Já existe muita gente colocando lenha na fogueira!





Maria Helena Junqueira
24 de outubro de 2018

quarta-feira, 19 de setembro de 2018


A LEI INEXORÁVEL

Perdi o eixo
Perdi o eco
Perdi o prumo
Perdi a fala que deveria falar no palco desta vida.
Também, quem mandou você morrer...
Agora contemplo a minha mãe com dificuldades para encerrar sua missão.
Não sei até se vou primeiro, mas tenho medo.
A morte não manda aviso prévio, e ninguém sabe o seu momento.
Sou deprimida há quarenta anos.
Minha luta não tem sido fácil. Minha mãe não dá um passo sem o auxílio de acompanhantes. Certamente ela também vai para o céu.
O que farei eu sem os dois. Sei que toco a minha vida direitinho, mas não sei se aguentarei vê-la morta. Cometi muitos erros com ela, e não desconheço as nossas desavenças. Fico pensando em entrar no apartamento vazio, mas já ouvi profissionais dizerem: “Ligue a TV”, como se uma TV substituísse a presença da mãe.
Já foi cantado em verso e prosa, que é impossível ser feliz só. Deus que nunca me faltou, há de dar um jeito, por mais medo que eu tenha. Tenho muito tempo de análise, trato desse problema com vários psiquiatras e eu não sei, eu nunca saberei lidar com o fim de qualquer coisa, nem com o fim de uma rosa branca.
Comecei a frequentar o Freud Cidadão há mais de seis anos e meio, e me lembro que eu enchia  folhas de um monte de coisas alegres e pintava com o dedo indicador. Como seria bom se eu pudesse pintar também, deste jeito meu psiquê e a minha alma. É a maior Quimera que tenho na minha vida.


Resultado de imagem para rosas brancas

Maria Helena Junqueira Reis, 
setembro de 2018.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

QUE PENA QUE NÃO TEMOS UM SUPERMAN...

Ô glória seria se tivéssemos um Superman. Todos dormiríamos absolutamente tranquilos: sem pensar na Guerra da Faixa de Gaza, no Iraque, no Afeganistão e, principalmente, nas guerras subliminares. Nossa cabeça poderia ficar livre de facada, de cadeia, de prisioneiro, de eleição. O Superman iria resolver era tudo no mundo. Particularmente, amei o último filme dele que deu origem a uma canção chamada: "Can you read my mind".

Os americanos podem ter todos os defeitos do mundo, mas eu sou da geração do Burt Bacharach, que fez e cantou uma linda música chamada: "What the world needs now is love" e outras tantas realçando o amor. Por sorte peguei no meu laptop o show que ele deu na Casa Branca na época do Obama. Me emocionei demais, não via foto dele há anos e ele já está indo, cabecinha branca como tantos outros da minha geração. Acho que estou mesmo é ficando velha, melancólica e saudosista. Dizem que o consolo dos idosos é a sabedoria e a experiência. Depois que você já fez todas as mancadas do mundo vem dar esse consolo. Aliás, o meu querido psiquiatra, Dr. Henri Kaufmanner, diz que tudo é fruto de escolha. Eu brigo com ele há 25 anos para provar que não é. O que a gente sabe da vida quando se é jovem. Ainda mais quando se lê revistas de amor, tipo Capricho, eu lia Capricho, e no final acabava sempre num amor eterno.

A TV veio com as belíssimas novelas, assistia tudo até um dia que eu ouvi um senhor ator falar: "não vou declinar o nome por uma generosidade" (Ele disse: "novela é o teatro dos pobres"). Cortei as novelas para assistir jornais de TV, foi pior. Às vezes eu gosto mesmo é da noite, quando todos dormem e eu viajo nas estrelas, nas constelações e nos planetas, querendo muito que apareça o Superman.

Maria Helena Junqueira
Setembro/2018