Tenho 66 anos e vejo a cada dia que todo mundo tem seu preço. Acho que a minha doença mental advém exatamente daí, eu não tenho preço. Tudo que já apareceu na minha vida eu recusei. Que pena que o mundo é assim. Não sei para onde, nem para qual lugar a população mundial vai levar a grana. Quando estiver a sete palmos do chão, aonde que vai ficar a grana? Parece que os egípcios mumificavam e deixavam nos sarcófagos as preciosidades, mas não adianta chorar, torcida brasileira! É triste ver esta realidade até as pessoas usam carros maravilhosos para reforçar o ego, roupas caríssimas, tudo porque? Para ficarem cada dia mais "up". Aí, minha gente, ô dureza, você hoje não sabe em quem confiar mais nada, todo mundo de olho. Morei em São Paulo, capital, vários anos e os paulistanos me perguntavam: o que você tem para oferecer para ser minha amiga? Graças ao bom Deus, retornei à Minas Gerais, aqui ainda tenho lugar, e são poucos, mas eu achei. Hoje faço parte da família Freud. Aprendi tanta coisa que eu não sei mais nem enumerar, encontrei até AMOR. Quem falou para me dirigir à família Freud foi o doutor Henri Kaufmanner, meu analista há 25 anos. Agora eu tenho certeza que eu nunca tive, nem nunca terei um preço.
Maria Helena Junqueira
10 de julho de 2018
Maria Helena,
ResponderExcluirGrande abraço !
Seu amigo Gaspar.