Estamos nus
Sem saber exatamente o que estamos fazendo no planeta azul,
Que é tão ínfimo diante do universo infinito
Deste mundo não levamos nem a roupa do corpo, se não cremos em algo superior ficamos loucos
Por que corremos tanto?
Por causa do dinheiro, do poder, ninguém vai levar nada disso não, minha gente
Eu sublimei tantas coisas que hoje não preciso de quase nada para ser feliz.
Tenho certeza de que Deus me ama, me protege e me conduz, mas eu fico muitas das vezes em uma solidão que nem tem nome, não sinto falta de sexo, nem nada disso, tenho vontade de rever meu pai que morreu há mais de seis anos e de ver o pai Eterno que vai me dar o abraço definitivo.
Não importo com mais nada, a música clássica é minha companhia, principalmente as de Frédéric Chopin, quando ouço a polonésia helóica sinto que vale a pena viver. Aí eu fico no meu cantinho lendo bons livros, boa literatura, lendo biografias de vários físicos e astrofísicos, embora minha formação não tenha absolutamente nada a ver com isso. Não sou só órfã de pai, sou órfã também de Carlsagan, que fez uma série inesquecível na TV, destrinchando as coisas mais complicadas do universo.
Infelizmente morreu de leucemia.
Apostava na era de aquárius, uma era de paz e isso não aconteceu, pelo contrário, a gente viu que: guerras, conflitos, crianças sendo jogadas como se fossem uma bola de futebol.
Sei que eu sou apenas um pedacinho de areia perdido no universo que está em contínua expansão, mas ouso dizer: ELE ESTÁ VOLTANDO, como diria meu pai "Deus é o senhor da história".
Quando ele falava assim eu continuava, nossa vida pode durar 200 anos, parecer enorme, mas para Deus é um estalar de dedos.
Somos como estrelas que ainda brilham, mas já estão mortas.
Maria Helena Junqueira Reis
30 de julho de 2018