segunda-feira, 7 de março de 2016

TOMBOS

Acordei feliz. Pelo dia de ontem e de tudo o que eu observei nele concluí que eu não tenho problemas.
Afinal de contas tenho duas pernas, dois pés que me levam para onde eu quiser.
Uma cabeça de sobrevivente de hospício que ainda funciona.
Mas, resolvi ligar para o banco. Liguei trinta vezes. Bancário é um negócio... A gente põe o dinheirin e depois fica esperando calmamente, a hora que o bancário quiser atender o telefone. Eu nunca dei um cheque sem fundo. Não tenho cartão de crédito. Não devo à ninguém. 
Devo ao Freud minhas alegrias, minhas cumplicidades, meu sorriso, as minhas piadas e porque não dizer as minhas palhaçadas. De repente, comecei a ficar nervosa com a bancária e não sendo mesmo jeito de me portar, xinguei a bancária. Graças a Deus que não eram quatro horas da tarde. Senão teria dado o meu primeiro cheque sem fundo. Deus me livre de cair em cheque especial. Resolvidos esses entretantos fui para as artes de granulados dourados. Agora estou do lado da minha secretária adjunta que não é burra e fiquei feliz de novo.

Maria Helena Junqueira
07 de março de 2016

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