Ás vezes penso que todo mundo é diferente de mim, que só eu sinto essa coisa.
Quando o meu pai morreu, à noite, passei a ter uma solidão terrível à noite. Só me sinto bem quando vejo os primeiros raios de sol, o cantar dos passarinho, aí sim me levanto alegre, porque o sol venceu a noite. Não sei de onde eu tirei isso: a noite para mim é a morte, e o dia, a vida.
Talvez quando eu morrer Deus me explique tudo isso, porque por enquanto nem Freud nem Lacan me trouxeram consolo.
Ô solidão brava meu Pai do céu!
Maria Helena Junqueira Reis
29/04/2015